Astrólogos em guerra.

Não é de hoje que eu leio críticas à Astrologia, como eu acesso muito material científico, acabo sempre por esbarrar em muitos argumentos que buscam retirar a crença dos leitores neste conhecimento antigo.Mas nestes últimos meses, uma coisa que me tem feito pensar bastante, é uma atitude que tenho visto ocorrer de forma reincidente, que é a crítica dos Astrólogos por outros profissionais da área, algo que ao meu ver seria comum vindo de um grupo que não é reconhecido como profissional, mas ao meu ver os comentários constantemente veêm cheios de um Q de "Eu Sou A-S-T-R-O-L-O-G-O com acento agudo no primeiro O" e os outros são isso ou aquilo.

Numa série de seminários sobre Astrologia que ocorreram aqui no Rio, num final-de-semana desses ai de começo de ano, na sua parte da palestra a astróloga com sobrenome de renome critícou aqueles que remetem o pensamento astrológico à Tabua de Esmeralda, geralmente citando a Lei da Correspondência.

Em momentos diferentes dois astrólogos que eu admiro muito, fizeram seus comentários sobre as atualidades da astrologia, principalmente associando este conhecimento com as correntes "religiosas" vigentes, associando autoconhecimento com auto ilusão, linkando uma abordagem de "O segredo" com a auto-ajuda que "alguns" pretendem...

Eu creio que uma classe ainda dividida internamente dificilmente conquistará algum reconhecimento, além desta suposta fé que ou os "ignorantes" ou os "crentes" tem na horoscopia de jornal.

Poderíamos buscar o conhecimento que os "astrólogos clássicos" tem de resignação filosófica e juntar com o entendimento "psicológico" do astrólogo muderno( com U mesmo) para buscarmos não somente as bases deste saber tão antigo, mas ir além e superar aquilo que uns chamam de Karma, outros de Destino e ainda para aqueles que entendem a vida como um roteiro bem definido, buscar VIVER da forma mais vívida possível cada momento que sua data e hora de nascimento expressam como potencial.

E até essa palavra foi usada contra a astrologia, potencial, que de acordo com o dicionário é um adjetivo e é relativo a potência de um corpo e nas outras definições percebe-se como a palavra tem significados associados à Física, que tem sido a ferramenta mais usada pelos "esotéricos" desde que o Deepak começou suas obras, principalmente a dita Quântica.

As críticas são ferrenhas e vêm de todos os lados, de Astrólogos e de céticos,mas afinal, porque cargas d´água a física vem sendo usada como exemplo de espiritualidade?

Eu já li uma resposta do tipo:
" Como a física quântica ainda é muito misteriosa até para os Físicos, aqueles que se aproveitam destes termos acabam divulgando conhecimentos ainda não conclusivos como verdades antigas."

Já vi astrólogo de muderno à classudo, passando por céticos e falando mau destas associações, que para todos eles nada mais são doque embustes de pessoas mal intencionadas. ( Apesar do que o velho ditado fala sobre as boas intenções e onde encontrá-las aos montes né...)

Sei que como pessoa ou Astrólogo não posso falar deles, mas posso falar de mim e de como eu aprendi sobre a maneira com que as metáforas podem ajudar no aprendizado e além disso, penso que um dos gênios da antiguidade deixou bem claro em seus princípios como poderíamos esclarecer estes paradoxos e eu falo de Pitágoras, com seu Teorema, ensina as leis herméticas de forma velada, mas clara como água para os olhos atentos. Ele ensina que "A soma dos quadrados dos catetos é igual ao quadrado da hipotenusa!" (b²+c²=a²), e isso é o mesmo falar " Em cima como abaixo", conhecendo este mundo conhecerá todos.

As metáforas tão criticadas pelos físicos e tão usadas pelos "esotéricos" muitas vezes são sim banalizadas, mas quando já estamos com "um pé atrás", dificilmente conseguiremos tirar algum proveito daquilo que chega até nós.

Penso que a melhor forma de acabarmos com estes embates é buscarmos entender onde ele vai nos levar e como podemos acabar com isso. Primeiro, o embate não vai ajudar tornar a Astrologia mais aceitável para uma comunidade dita cintífica, nem vai acabar com aqueles autores de má fé que utilizam o conhecimento que for para ludibriarem e se aproveitarem do outro.

Segundo, creio que podemos acabar com esse embate entendendo de forma dialética estas questões que ao invés de afastar poderiam reunir de forma interdisciplinar, não somente Físicos e Astrólogos, uma diversidade de ramos do conhecimento humano que com certeza tem muito que trocar e se aprimorar.

Um exemplo para finalizar, de como As Astrologias poderiam se unificar, seria se pudéssemos utilizar o conhecimento clássico, aquele monte de detalhes fascinantes, com a abordagem atual, pois creio que o conhecimento astrológico vem sendo moldado de forma a se tornar mais próximo do homem da atualidade, falando mais de "resiliência" que de fatalidade, ensinando uma via própria de conquista da própria vida ao invés de delegar ao externo qualquer situação. Não é Karma, nem espirito de superioridade que farão o universo agir de forma aceitável ou negável, depende sim da sua forma de abordar a realidade e a Astrologia me ensina que cada mapa e vida são únicos, existem muitas variáveis no pensamento astrológico para que possamos nos colocar como plenos conhecedores, ainda mais que um bom Astrólogo do outro mundo faria não somente o estudo do mapa do cliente, como o seu próprio daquela data e as relações dos seus mapas com os de cada cliente, para ver se o profissional, como indivíduo está verdadeiramente "forte" para passar o conhecimento devido.

Enfim, digam o que quiserem, eu acredito que pode-se transformar o mundo através da nossa mudança interna e creio que muita gente pensa assim, não quero mudar nada sozinho, só quero me aprimorar e compartilhar isso da forma que for.

Um grande abraço a todos os Astrólogos que compratilham suas opniões Online e também aqueles que gastam seu tempo falando mal da Astrologia, porque a natureza deste conhecimento esta exatamente embasado na constante análise, observação e estudo, sem críticas e estudos já poderíamos ter sido relegados ao nível de religião ou ciência e estaríamos ainda mais perdidos.